Negar a nossa espiritualidade é pura idiotice, porque ela existe no amor, no ódio, na emoção, no remorso, na tristeza, na alegria e por aí vai. Na verdade, a função espiritual é a mais elevada no ser humano, o que nos difere dos demais animais, que só vivem através do instinto. A imaginação, por exemplo, só existe na alma humana. A espiritualidade é tão própria, que independe de qualquer religião. Até mesmo alguns ateus a levam em consideração, como André Comte-Sponville, no seu livro, O Espírito do Ateísmo. Segundo o filósofo Schopenhauer, O homem é um ser metafísico.
O cérebro, na verdade, existe como um instrumento da alma para se comunicar, assim como os animais, todavia, estes não têm noção de sua existência. Por mais perfeito que seja um robô, com um cérebro igualzinho ao do homem, jamais terá a consciência de sua existência. O espírito é uma porta aberta da nossa finitude física para a eternidade e da nossa relatividade para o absoluto.
As religiões são, na verdade, resultados desta procura espiritual por um mundo melhor além-túmulo.
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