quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O ÚNICO LUGAR É AQUI

"o conhecimento mais confidencial, se inicia assim: 'o senhor supremo disse, meu querido ajuna, porque você nunca me inveja. eu comunicarei a você esta sabedoria que é mais secreta, conhecendo a qual você se aliviará das misérias da existência material. quanto mais um devoto ouve sobre o senhor supremo, mas ele se ilumina". estas palavras estão no capítulo nove do bhagavad-gitã. pois bem, eu só não entendo porque só o povão segue esta sabedoria. seus mandantes religiosos vivem em palácios suntuosos e a matéria não lhes parece nada sofrível. o livro sagrado despreza as coisas materiais e no entanto os chefes vivem no maior luxo. o mesmo acontece com a bíblia que prega a humildade, a pobreza, o desapego material e no entanto a ostentação, a riqueza é simplesmente desfrutada pelos padres e bispos. o nosso francisco vive no vaticano e não num casebre. na verdade o céu é aqui mesmo. a única religião que parece não desprezar este mundo é o candomblé. se deus "fez" o mundo foi para o homem se desfrutar das coisas boas que existem nele. as coisas ruins existem, porque nada é perfeito.

anibal werneck de freitas.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

UM DEUS QUE INCITA O ÓDIO



eu não creio no deus cristão. um deus transcendente. eu creio num deus imanente. um deus que está em cada um de nós. um deus que não se interfere em nossas vidas. um deus acima do bem e do mal. um deus que não é vingador como o da bíblia. um deus que não incita o ódio. um deus que é uma energia que move este mundo. portanto, neste, eu acredito. é só olhar à sua volta e verá que as cadeias estão cheias daqueles que acreditam no deus bíblico. que deus é este que não faz as pessoas melhores?

anibal.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

ABAIXO O RADICALISMO

desde quando iniciei este blog, a teu instante, agia de forma errada em relação a deus, era na verdade bastante radical, pois bem, no decorrer do tempo fui vendo que a minha posição era simplesmente absurda, ou seja, quem sou eu para afirmar que só existe este mundo material, admiro um médico inteligente e competente como o dr. dráuzio que tem a coragem de dizer categoricamente que é ateu convicto de que o mundo é só aqui e pronto, negando uma força que o colocou neste mundo, cuja força podemos chamá-la de deus, perdoem-me, ninguém pode afirmar nada neste universo através dos sentidos que mal sentem a realidade que nos rodeia, quantas coisas passam por nós e não as percebemos e olha que isso é no nosso mundo material, imagine o mistério que habita além dele, é realmente insano e, infelizmente fui também assim, todavia, consegui acordar e quero recuperar o tempo perdido denominando deus tudo aquilo que está além do nosso entendimento, e, quero deixar bem claro que não é o das religiões, cujo deus eu respeito quem crê nele, é isso aí.

anibal werneck de freitas.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

REACIONÁRIO FUTEBOL CLUBE & AFUNAI

O papa Francisco I não é o que muita gente pensa, ele mantém os padres pedófilos incólumes, é contra o aborto de forma radical, não tolera casamentos entre homo sexuais, isso sem falar na sua ação a favor dos militares na famigerada ditadura argentina, denunciando padres oposicionistas, e, quanto às mudanças que ele promete no Vaticano serão imperceptíveis perante aos grandes problemas que a Igreja vem sofrendo ultimamente, infelizmente, aí está uma prova cabal de que a Santa Sé escolheu o homem certo para o seu time, o Reacionário Futebol Clube, já não se fazem hoje líderes como antigamente, estamos vivendo um início de século com líderes que deixam muito a desejar, uma lástima.
Se você não acredita no que estou dizendo, leia a matéria que saiu na página A13 da Folha de S.Paulo de quinta-feira, dia 5/12/2013.



Spray de pimenta nos olhos dos silvícolas, este é o tratamento do Governo Dilma para com os verdadeiros donos de Pindorama, só porque eles [os índios] estão reclamando os seus direitos mediante às novas demarcações impostas pela FUNAI que está mais para AFUNAI, ou seja, Afundamento Nacional do Índio, até quando?, e, o mais interessante é que os culpados de tudo isso são pessoas tementes ao Deus judaico-cristão, um ser poderoso provindo dos desertos do Oriente Médio e que até hoje parece atiçar mais o ódio do que o amor no coração dos seus seguidores, portanto, o meu Deus só atiça o amor, é outro, não é este, neste caso em relação a ele [o Deus judaico-cristão], eu sou totalmente ateu, porque, continuando, o Deus em que acredito, vive dentro de cada um de nós, sempre respeitando a nossa liberdade, este sim, é o Deus verdadeiro.

Anibal Werneck de Freitas.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

NATUREZA, MINHA ÚNICA CERTEZA


O Natural sempre existiu, quanto ao Sobrenatural eu não posso proferir a mesma coisa, digo isso, porque não tenho a certeza de sua existência, pra mim é apenas um conceito oriundo da imaginação do Homem, sendo assim, acho mais razoável não levá-lo em conta, alguém pode me indagar, O Sobrenatural é algo que não podemos alcançar devido à nossa inteligência limitada, E daí, pergunto eu, qual a diferença que o Sobrenatural faz em tudo isso?, se estou vivendo sem saber como ele é, significa que não preciso dele, é o caso de Deus, tido pelos religiosos como algo Sobrenatural, um ser que se porta totalmente indiferente a nós humanos, deixando os acontecimentos presos ao acaso, nada está necessariamente traçado para acontecer, podemos até planejar o futuro, mas as coisas vão acontecendo ocasionalmente desde o Big Bang, antes dele não temos a ideia do que existia, talvez um Universo que implodiu, igualzinho ao nosso que está em expansão e que certamente, um dia, começará a se encolher para de novo renascer numa explosão, donde concluo que a Natureza sempre existiu, agora, eu não questiono quem a chama de Deus, por que não?, se tudo vem dela, ou seja, o Deus/Natureza do filósofo Bento.

Anibal Werneck de freitas.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A MALDITA FABRICAÇÃO DE ARMAS




Quem está vivo sempre aparece, sendo assim, cá estou eu de novo enchendo-lhe a paciência, sei que a liberdade de pensar é tudo, o homem nasceu para pensar, quem não pensa, vegeta, portanto, o melhor conselho é este, não deixe ninguém lhe colocar goela abaixo coisas que você não aceita, temos o direito de compreender tudo aquilo que nos apresentam, se vier com aquele papo de que você tem que ter fé para crer, pule fora, coisa boa não é, poxa, somos seres racionais e devemos ser respeitados, é por isso que eu gosto da ciência, antes de ditar sua verdade, primeiro, ela testa várias vezes para obter o mesmo resultado, isto é o que chamo de honestidade, de amor ao próximo, sou mais o cientista do que qualquer outra coisa que possa existir, agora, tem uma coisa, quando falo da ciência, estou me referindo à do bem, porque a ciência da mal não deveria nem existir, é por demais perigosíssima, capaz de fabricar armas terríveis e, infelizmente, nem as  igrejas e nem os governos se levantam contra a maldita fabricação de armas.

Anibal.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

AS PRÓPRIAS PEDRAS GRITARÃO

Frei Tito por ele mesmo

Relato da tortura de Frei Tito
Este é o depoimento de um preso político, frei Tito de Alencar Lima, 24 anos. Dominicano. (redigido por ele mesmo na prisão). Este depoimento escrito em fevereiro de 1970 saiu clandestinamente da prisão e foi publicado, entre outros, pelas revistas Look e Europeo.
Fui levado do presídio Tiradentes para a "Operação Bandeirantes", OB (Polícia do Exército), no dia 17 de fevereiro de 1970, 3ª feira, às 14 horas. O capitão Maurício veio buscar-me em companhia de dois policiais e disse: "Você agora vai conhecer a sucursal do inferno". Algemaram minhas mãos, jogaram me no porta-malas da perua. No caminho as torturas tiveram início: cutiladas na cabeça e no pescoço, apontavam-me seus revólveres.
Preso desde novembro de 1969, eu já havia sido torturado no DOPS. Em dezembro, tive minha prisão preventiva decretada pela 2ª auditoria de guerra da 2ª região militar. Fiquei sob responsabilidade do juiz auditor dr Nelson Guimarães. Soube posteriormente que este juiz autorizara minha ida para a OB sob “garantias de integridade física”.
Ao chegar à OB fui conduzido à sala de interrogatórios. A equipe do capitão Maurício passou a acarear-me com duas pessoas. O assunto era o Congresso da UNE em Ibiúna, em outubro de 1968. Queriam que eu esclarecesse fatos ocorridos naquela época. Apesar de declarar nada saber, insistiam para que eu “confessasse”. Pouco depois levaram me para o “pau-de-arara”. Dependurado nu, com mãos e pés amarrados, recebi choques elétricos, de pilha seca, nos tendões dos pés e na cabeça. Eram seis os torturadores, comandados pelo capitão Maurício. Davam-me "telefones" (tapas nos ouvidos) e berravam impropérios. Isto durou cerca de uma hora. Descansei quinze minutos ao ser retirado do "pau-de-arara". O interrogatório reiniciou. As mesmas perguntas, sob cutiladas e ameaças. Quanto mais eu negava mais fortes as pancadas. A tortura, alternada de perguntas, prosseguiu até às 20 horas. Ao sair da sala, tinha o corpo marcado de hematomas, o rosto inchado, a cabeça pesada e dolorida. Um soldado, carregou-me até a cela 3, onde fiquei sozinho. Era uma cela de 3 x 2,5 m, cheia de pulgas e baratas. Terrível mau cheiro, sem colchão e cobertor. Dormi de barriga vazia sobre o cimento frio e sujo.
Na quarta-feira fui acordado às 8 h. Subi para a sala de interrogatórios onde a equipe do capitão Homero esperava-me. Repetiram as mesmas perguntas do dia anterior. A cada resposta negativa, eu recebia cutiladas na cabeça, nos braços e no peito. Nesse ritmo prosseguiram até o início da noite, quando serviram a primeira refeição naquelas 48 horas: arroz, feijão e um pedaço de carne. Um preso, na cela ao lado da minha, ofereceu-me copo, água e cobertor. Fui dormir com a advertência do capitão Homero de que no dia seguinte enfrentaria a “equipe da pesada”.
Na quinta-feira três policiais acordaram-me à mesma hora do dia anterior. De estômago vazio, fui para a sala de interrogatórios. Um capitão cercado por sua equipe, voltou às mesmas perguntas. "Vai ter que falar senão só sai morto daqui", gritou. Logo depois vi que isto não era apenas uma ameaça, era quase uma certeza. Sentaram-me na "cadeira do dragão" (com chapas metálicas e fios), descarregaram choques nas mãos, nos pés, nos ouvidos e na cabeça. Dois fios foram amarrados em minhas mãos e um na orelha esquerda. A cada descarga, eu estremecia todo, como se o organismo fosse se decompor. Da sessão de choques passaram-me ao "pau-de-arara". Mais choques, pauladas no peito e nas pernas a cada vez que elas se curvavam para aliviar a dor. Uma hora depois, com o corpo todo ferido e sangrando, desmaiei. Fui desamarrado e reanimado. Conduziram-me a outra sala dizendo que passariam a carga elétrica para 230 volts a fim de que eu falasse "antes de morrer". Não chegaram a fazê-lo. Voltaram às perguntas, batiam em minhas mãos com palmatória. As mãos ficaram roxas e inchadas, a ponto de não ser possível fechá-las. Novas pauladas. Era impossível saber qual parte do corpo doía mais; tudo parecia massacrado. Mesmo que quisesse, não poderia responder às perguntas: o raciocínio não se ordenava mais, restava apenas o desejo de perder novamente os sentidos. Isto durou até às 10 h quando chegou o capitão Albernaz.
"Nosso assunto agora é especial", disse o capitão Albernaz, ligou os fios em meus membros. "Quando venho para a OB - disse - deixo o coração em casa. Tenho verdadeiro pavor a padre e para matar terrorista nada me impede... Guerra é guerra, ou se mata ou se morre. Você deve conhecer fulano e sicrano (citou os nomes de dois presos políticos que foram barbaramente torturados por ele), darei a você o mesmo tratamento que dei a eles: choques o dia todo. Todo "não" que você disser, maior a descarga elétrica que vai receber". Eram três militares na sala. Um deles gritou: "Quero nomes e aparelhos (endereços de pessoas)". Quando respondi: "não sei" recebi uma descarga elétrica tão forte, diretamente ligada à tomada, que houve um descontrole em minhas funções fisiológicas. O capitão Albernaz queria que eu dissesse onde estava o Frei Ratton. Como não soubesse, levei choques durante quarenta minutos.
Queria os nomes de outros padres de São Paulo, Rio e Belo Horizonte "metidos na subversão". Partiu para a ofensa moral: "Quais os padres que têm amantes? Por que a Igreja não expulsou vocês? Quem são os outros padres terroristas?". Declarou que o interrogatório dos dominicanos feito pele DEOPS tinha sido "a toque de caixa" e que todos os religiosos presos iriam à OB prestar novos depoimentos. Receberiam também o mesmo "tratamento". Disse que a "Igreja é corrupta, pratica agiotagem, o Vaticano é dono das maiores empresas do mundo". Diante de minhas negativas, aplicavam-me choques, davam-me socos, pontapés e pauladas nas costas. À certa altura, o capitão Albernaz mandou que eu abrisse a boca "para receber a hóstia sagrada". Introduziu um fio elétrico. Fiquei com a boca toda inchada, sem poder falar direito. Gritaram difamações contra a Igreja, berraram que os padres são homossexuais porque não se casam. Às 14 horas encerraram a sessão. Carregado, voltei à cela onde fiquei estirado no chão.
Às 18 horas serviram jantar, mas não consegui comer. Minha boca era uma ferida só. Pouco depois levaram-me para uma "explicação". Encontrei a mesma equipe do capitão Albernaz. Voltaram às mesmas perguntas. Repetiram as difamações. Disse que, em vista de minha resistência à tortura, concluíram que eu era um guerrilheiro e devia estar escondendo minha participação em assaltos a bancos. O "interrogatório" reiniciou para que eu confessasse os assaltos: choques, pontapés nos órgãos genitais e no estomago palmatórias, pontas de cigarro no meu corpo. Durante cinco horas apanhei como um cachorro. No fim, fizeram-me passar pelo "corredor polonês". Avisaram que aquilo era a estréia do que iria ocorrer com os outros dominicanos. Quiseram me deixar dependurado toda a noite no "pau-de-arara". Mas o capitão Albernaz objetou: "não é preciso, vamos ficar com ele aqui mais dias. Se não falar, será quebrado por dentro, pois sabemos fazer as coisas sem deixar marcas visíveis". "Se sobreviver, jamais esquecerá o preço de sua valentia".
Na cela eu não conseguia dormir. A dor crescia a cada momento. Sentia a cabeça dez vezes maior do que o corpo. Angustiava-me a possibilidade de os outros padres sofrerem o mesmo. Era preciso pôr um fim àquilo. Sentia que não iria aguentar mais o sofrimento prolongado. Só havia uma solução: matar-me.
Na cela cheia de lixo, encontrei uma lata vazia. Comecei a amolar sua ponta no cimento. O preso ao lado pressentiu minha decisão e pediu que eu me acalmasse. Havia sofrido mais do que eu (teve os testículos esmagados) e não chegara ao desespero. Mas no meu caso, tratava-se de impedir que outros viessem a ser torturados e de denunciar à opinião pública e à Igreja o que se passa nos cárceres brasileiros. Só com o sacrifício de minha vida isto seria possível, pensei. Como havia um Novo Testamento na cela, li a Paixão segundo São Mateus. O Pai havia exigido o sacrifício do Filho como prova de amor aos homens. Desmaiei envolto em dor e febre.
Na sexta-feira fui acordado por um policial. Havia ao meu lado um novo preso: um rapaz português que chorava pelas torturas sofridas durante a madrugada. O policial advertiu-me: "o senhor tem hoje e amanhã para decidir falar. Senão a turma da pesada repete o mesmo pau. Já perderam a paciência e estão dispostos a matá-lo aos pouquinhos". Voltei aos meus pensamentos da noite anterior. Nos pulsos, eu havia marcado o lugar dos cortes. Continuei amolando a lata. Ao meio-dia tiraram-me para fazer a barba. Disseram que eu iria para a penitenciária. Raspei mal a barba, voltei à cela. Passou um soldado. Pedi que me emprestasse a "gillete" para terminar a barba. O português dormia. Tomei a gillete. Enfiei-a com força na dobra interna do cotovelo, no braço esquerdo. O corte fundo atingiu a artéria. O jato de sangue manchou o chão da cela. Aproximei-me da privada, apertei o braço para que o sangue jorrasse mais depressa. Mais tarde recobrei os sentidos num leito do pronto-socorro do Hospital das Clínicas. No mesmo dia transferiram-me para um leito do Hospital Militar. O Exército temia a repercussão, não avisaram a ninguém do que ocorrera comigo. No corredor do Hospital Militar, o capitão Maurício dizia desesperado aos médicos: "Doutor, ele não pode morrer de jeito nenhum. Temos que fazer tudo, senão estamos perdidos". No meu quarto a OB deixou seis soldados de guarda.
No sábado teve início a tortura psicológica. Diziam: "A situação agora vai piorar para você, que é um padre suicida e terrorista. A Igreja vai expulsá-lo". Não deixavam que eu repousasse. Falavam o tempo todo, jogavam, contavam-me estranhas histórias. Percebi logo que, a fim de fugirem à responsabilidade de meu ato e o justificarem, queriam que eu enlouquecesse.
Na segunda noite recebi a visita do juiz auditor acompanhado de um padre do Convento e um bispo auxiliar de São Paulo. Haviam sido avisados pelos presos políticos do presídio Tiradentes. Um médico do hospital examinou-me à frente deles mostrando os hematomas e cicatrizes, os pontos recebidos no hospital das Clínicas e as marcas de tortura. O juiz declarou que aquilo era "uma estupidez" e que iria apurar responsabilidades. Pedi a ele garantias de vida e que eu não voltaria à OB, o que prometeu.
De fato fui bem tratado pelos militares do Hospital Militar, exceto os da OB que montavam guarda em meu quarto. As irmãs vicentinas deram-me toda a assistência necessária Mas não se cumpriu a promessa do juiz. Na sexta-feira, dia 27, fui levado de manhã para a OB. Fiquei numa cela até o fim da tarde sem comer. Sentia-me tonto e fraco, pois havia perdido muito sangue e os ferimentos começavam a cicatrizar-se. À noite entregaram-me de volta ao Presídio Tiradentes.
É preciso dizer que o que ocorreu comigo não é exceção, é regra. Raros os presos políticos brasileiros que não sofreram torturas. Muitos, como Schael Schneiber e Virgílio Gomes da Silva, morreram na sala de torturas. Outros ficaram surdos, estéreis ou com outros defeitos físicos. A esperança desses presos coloca-se na Igreja, única instituição brasileira fora do controle estatal-militar. Sua missão é: defender e promover a dignidade humana. Onde houver um homem sofrendo, é o Mestre que sofre. É hora de nossos bispos dizerem um BASTA às torturas e injustiças promovidas pelo regime, antes que seja tarde.
A Igreja não pode omitir-se. As provas das torturas trazemos no corpo. Se a Igreja não se manifestar contra essa situação, quem o fará? Ou seria necessário que eu morresse para que alguma atitude fosse tomada? Num momento como este o silêncio é omissão. Se falar é um risco, é muito mais um testemunho. A Igreja existe como sinal e sacramento da justiça de Deus no mundo
"Não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio. Fomos maltratados desmedidamente, além das nossas forças, a ponto de termos perdido a esperança de sairmos com vida. Sentíamos dentro de nós mesmos a sentença de morte: deu-se isso para que saibamos pôr a nossa confiança, não em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos" (2Cor, 8-9).
Faço esta denúncia e este apelo a fim de que se evite amanhã a triste notícia de mais um morto pelas torturas.
Frei Tito de Alencar Lima, OP
Fevereiro de 1970

*Este texto foi tirado do blog, EDITAL, ele se refere a um depoimento do Frei Tito, um dominicano que sofreu terríveis torturas durante a ditadura militar no Brasil, o seu sofrimento foi tamanho ao ponto de levá-lo ao suicídio na França. Pois bem, apesar do nosso blog ser ateu, o depoimento de um homem como o Frei Tito não pode ser esquecido, isso sem falar que a tortura ainda continua firme no nosso país e as autoridades não fazem nada para acabar com esta prática medieval.

domingo, 27 de outubro de 2013

É O FIM DA PICADA





A palavra Excomunhão soa como algo da Idade Média, é inconcebível que ela exista até nos dias de hoje, todavia, pelo visto, ela continua firme e forte. Recentemente, um padre foi expulso da Igreja por ter feito um casamento de gays, agora, o interessante é que enquanto isso, os padres pedófilos [coisa degradante] continuam celebrando suas missas completamente livres de qualquer represália, é o fim da picada.



Anibal Werneck de Freitas.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

DÁ PARA ACREDITAR EM DEUS DEPOIS DESTE VÍDEO?

O MUNDO E OS SEUS MISTÉRIOS


O que existe mesmo é o mundo com os seus mistérios, cujos mistérios os cientistas vão desvendando à medida em que avançam nos seus estudos, aliás, a razão da vida está no fato de sermos a consciência do Universo, sem nós ele não existiria, um fato que não tem testemunha é como se não existisse, portanto, a consciência de que existimos é o ponto principal, faz parte do nosso ser a fome de querer saber cada vez mais, até porque isso vai nos trazer mais condições de enfrentar este mundo hostil em que vivemos e, é bom saber que somos frutos do acaso, a prova esta no fato de vivermos num Sistema Solar onde os demais planetas estão completamente mortos, ou seja, não têm nada que possa proporcionar a vida, veja bem, a Lua que está pertinho de nós se mostra totalmente contrária à vida, um lugar que não tem praticamente nada, se fôssemos filhinhos queridos da mamãe natureza creio que o Universo seria totalmente acolhedor, mas não, ele é totalmente agressivo, tão agressivo que mesmo na Terra sofremos radiações provindas do Sol causadoras de inúmeros tipos de câncer e depois eu pergunto, que Deus é este que criou um mundo tão ruim assim, perdoem-me os religiosos, mas não dá para acreditar neste ser, isso sem falar nas barbaridades que ele deixa acontecer todos os dias, minha gente do Facebook, quero que me compreendam, não quero tirar o prazer de ninguém, mas não dá pra ficar fazendo o tempo todo gracinhas com os jornais cheios de notícias terríveis como, crianças, mulheres, jovens, sendo mortos em guerras idiotas como as do Oriente Médio e o pior é que por trás de tudo isso tem o interesse econômico das nações poderosas, é isso aí, vivemos num mundo que se diz acreditar em Deus e no entanto a corrupção anda solta, outros se enriquecem em seu nome vendendo livros, CDs, etc... sendo assim, vamos parar para pensar, tem cheiro de podridão no ar, definitivamente Deus não existe, se existisse já teria colocado um fim nisso tudo.

Anibal Werneck de Freitas.

DIAMANTE RARO

Os nossos dirigentes globais estão trilhando o caminho errado, ou seja, o do enriquecimento, pra quê tanta riqueza, ela nos traz mais coisas negativas que positivas, está na hora de pararmos para pensar no nosso futuro, não podemos ficar por aí  guerreando, gastando o que a Terra nos oferece para a vida e não para a morte, o nosso planeta está sendo explorado de uma maneira totalmente errada, cada nação quer ter mais que a outra e o caminho certo não é por aí, tem família com mais de três carros, outras, a maioria, nem uma bicicleta possui, temos que valorizar a vida humana, somos raros pelo menos em uma grande parte deste Universo, até agora não temos nenhuma notícia de vida inteligente além da nossa,  donde concluo que a nossa função aqui é difundi-la, ao invés de ficarmos construindo armas que só trazem prejuízos, deveríamos estar estudando com mais afinco uma maneira eficiente de preservarmos nossa Terra e além do mais, buscando uma forma de expandir nossa espécie pelo mundo afora, como por exemplo, criando mais estações espaciais, erigindo biosferas na Lua, em Marte, etc.. sei que ainda não temos uma tecnologia suficiente para tal, todavia, vamos procurar canalizar nossos estudos para este processo, temos que colocar em nossas cabeças que somos seres especiais e raríssimos no Universo, é possível que haja alienígenas inteligentes, o problema é que eles estão numa distância impossível de ser alcançada, sendo assim, devemos começar por aqui o nosso projeto de levar a vida inteligente para fora do nosso planetinha que um dia deixará de existir, devemos também por na cabeça que a Natureza nos criou por acaso, ela é indiferente à nossa existência, não pense que ela é uma mãe extremada, pra ela tanto faz, tanto fez a nossa presença, portanto, o que devemos levar em conta é que nós somos a consciência dela [a natureza], sem nós ela deixará de existir, e depois, a vida é realmente algo fantástico, ainda mais tendo consciência dela, estamos aqui para desfrutar da vida, ela é o nosso único bem precioso, as religiões infelizmente a abomina dizendo que existe outra melhor além túmulo, puro atraso, não temos provas da existência deste mundo pregado por elas, estas ideias são absurdos provenientes da nossa liberdade de pensar, o Apocalipse, por exemplo, pode acontecer um dia, não por causa da profecia religiosa, mas sim, por nossa causa se continuarmos desrespeitando a natureza, no dia em que o homem colocar a vida como prioridade máxima, o mundo será bem melhor, porque, repetindo, estamos aqui para celebrar a vida e fazer de tudo para disseminá-la através do cosmo, este é o nosso único objetivo de estarmos aqui e, para começar esta grande tarefa, primeiro, precisamos arrumar a nossa casa, respeitando uns aos outros, eliminando sistemas econômicos que levam à individualidade e ao enriquecimento de alguns, conscientizando-se de que cada um de nós é um diamante raro no Universo.

Anibal Werneck de Freitas. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ANDAR COM FÉ [Gilberto Gil]

RAZÃO & FÉ, DUAS PARALELAS



A TEU INSTANTE não é um blog radical, é ateísta em relação ao Deus transcendental, tanto assim que não descarta de uma energia misteriosa que podemos chamar de vida e que se manifesta nos seres animados, quem somos nós para afirmar que só existe este mundo captado pelos nossos cinco sentidos, tem muita coisa que passa e não a percebemos, por isso a fé e a razão estão sempre juntas, e assim, elas serão para sempre, ambas avançam à medida que a humanidade evolui, nada está parado, somos como um rio cuja água se renova de segundo em segundo, por isso acho que a fé tem que acompanhar a ciência e não o contrário, ela é um suporte que sustenta o progresso, ambas são duas linhas paralelas que certamente nunca se encontrarão porque assim ambas se transformariam numa única coisa, o que sob o meu ponto de vista é impossível, por isso, enquanto tivermos fé, mais força teremos para seguir adiante, devemos dizer sempre, eu acredito na ciência porque eu tenho fé nela e, como você está vendo, quantas maravilhas a ciência já nos presenteou, um cientista sem fé é incompleto, sendo assim, devo admitir que o motor do nosso desenvolvimento e da solução de muita coisa está na fé que movemos dentro de nós, tanto assim que você pode ter fé em qualquer coisa que eu respeito, mas sempre procurando fazer por onde, não basta apenas dizer que eu tenho fé na cura da minha diabetes se eu não procuro tomar os meus remédios e nem fazer a minha devida dieta, a fé não pode ser cega, ela tem que estar paralela à razão, como eu disse acima, são duas linhas lado a lado.

Anibal Werneck de Freitas.

MÁXIMAS





*Demore o máximo que você puder para elaborar qualquer coisa nesta vida, porque só assim estará realmente criando e ao mesmo tempo aprimorando sua obra e depois, não precisa correr porque a estrada da vida é sempre a mesma, além do mais, não fique ansioso por estar sozinho no seu labor, assim você terá mais tempo para pensar melhor.
*A arrogância é própria dos que não gostam da humanidade e estão sempre se colocando como vítimas.
*Pior que a ofensa é o algoz não pedir perdão para não se humilhar perante a vítima.
*Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Mas aí é que está o erro porque não se vende a bondade.
*A primeira: todos por um. A segunda: um por todos. No entanto, no capitalismo só prevalece a primeira.

Anibal Werneck de Freitas.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

PROMETEU [1]



- Não existem livros sagrados, porque todos foram escritos pelo homem.
- Da imperfeição saem a ordem e o caos neste mundo.
- Seria tolo demais dizer que o mundo se resume apenas nos meus cinco sentidos.
- Não tenha nenhuma pressa, a natureza gastou bilhões de anos para fazer você.
- Você pode mudar suas verdades principalmente quando elas lhe fazem mal, o difícil é manter esta atitude para transformá-las em mentiras no decorrer do tempo.
- Se você se encontrar num beco sem saída, saia por onde você entrou.
- O melhor remédio é não precisar tomá-lo.
- Somos apenas momentos vivos e passageiros.
- Hoje não somos o que fomos ontem e nem seremos os mesmos, amanhã.
- A sabedoria é o fogo que aquece a mente.
- Se a vida fosse fácil, que graça teria.
- A velhice é o fim do início.
- O melhor respeito é o respeito pelo respeito.



Anibal Werneck de Freitas.

ESTAMOS SOZINHOS?