sexta-feira, 6 de setembro de 2019

A Religião, o Cachorro e o Gato na Vida do Homo Sapiens


A crença ou a emoção foram concebidas através dos objetos, dando origem às religiões, que os utilizaram para se comunicar com o sagrado. Está aí a razão, pela qual, as religiões trazem o sagrado à nossa vida com igrejas góticas, mesquitas muçulmanas, ashrams hindus, rolos de Torá, rodas de oração tibetanas, batinas eclesiásticas, velas, incensos, árvores de natal, lápides e ícones.
Nesta procura do sagrado, o homo sapiens começou a desenvolver sua língua na procura de entender melhor as coisas que estavam acima dele, criando assim, deuses para explicar tudo aquilo que ele não conhecia além deste mundo. Devido a isso, a cultura se desenvolveu em todos os sentidos, principalmente na arte, com músicas, danças e pinturas rupestres para entrar em contato com o mundo sobrenatural.
Neste período, o cachorro passou a ser o primeiro animal domesticado, embora muitos historiadores afirmam o contrário, ou seja, à procura de alimento, este animal aproximou das aldeias dos homens, por causa dos restos de comida, há mais de 15 mil anos atrás. Deste modo, em troca do alimento, o cão passou a alertar a presença de inimigos nas imediações, com fortes latidos. Começava assim uma bela amizade entre o cão e o homem. Hoje a coisa chegou ao ponto de os supermercados terem gôndulas só com artigos caninos e, também, felinos, porque os gatos chegaram a serem tratados como animais sagrados no Antigo Egito. Conta a História, que Cambises, Rei da Pérsia, num combate com os egípcios, levou na frente do seu exército, milhares de gatos. Os egípcios quando viram aquilo, não tiveram a coragem de lançar uma seta pra não ferir os animais. Deste modo, Cambises ganhou a batalha facilmente e invadiu o Egito, onde matou o Boi Ápis, que era venerado pelos sacerdotes do Faraó.
Para você ter uma ideia, foi encontrado um túmulo de 12 mil anos atrás, no norte de Israel, com o esqueleto de uma mulher de 50 anos e ao lado dela o esqueleto de um filhote de cachorro. Talvez, por exemplo, o cachorro fosse um presente para o guardião do mundo seguinte. Graças ao contato com o sapiens, cachorros e gatos sobreviveram e se proliferaram numa quantidade assustadora.

Anibal Werneckfreitas, Professor de História, em 21/08/2019.

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