Não tenho como fugir
delas, elas estão por toda parte, estão fora e dentro de nós, as de dentro são
piores, não temos como safar delas, são traiçoeiras, preferem nos atacar na
hora em que estamos totalmente indefesos, ou seja, dormindo. Na vigília por sua
vez batem de frente, principalmente quando estamos desarmados espiritualmente,
é companheiro, o mundo é um ninho de cobras de todos os tamanhos e de todos os
venenos, estamos sendo sempre picados por elas, temos que ser como os hindus
encantadores de serpentes, estes sim, sabem lidar com elas, ficam horas numa
única posição, não sentem necessidade de nada, tudo que aparece na sua frente é
tudo, sabem muito bem que as víboras se manifestam mais ferozes com aqueles
querem muito, são os insaciáveis, o prato preferido delas, quanto mais imóvel
nos procedemos menos elas atacam, ou nem atacam como se ficássemos invisíveis a
elas.
Contentar com o pouco é a
chave do sucesso contra elas e se usamos a arte aí o nosso domínio sobre elas é
primordial, principalmente se a arte for a música através de uma flauta, Mas eu
não sei tocar flauta, Você pode me questionar e, sendo assim, eu lhe respondo
que não é preciso tocar a flauta literalmente, basta imaginá-la e assim tocá-la
no seu pensamento, elas ouvirão o som e se afastarão imediatamente, quando me
refiro às cobras estou falando dos vícios que adquirimos no decorrer da vida,
precisam ser dominados e a música é uma grande arma contra eles.
Por enquanto vamos ficando
por aqui.
Anibal Werneck de Freitas.
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