foi com muita
surpresa que vi na primeira página do jornal folha de s.paulo a manchete, morre
cantora cesaria evora, 70. o interessante é que na semana passada deu vontade
de ouvi-la, fazia tempo que não a ouvia, não sabia do seu estado precário de
saúde, acredito que foi qualquer coisa premonitória que chegou em mim,
intuição, sei lá, só sei que evora, dentro do seu trabalho, é um marco africano
entre portugal e brasil, que vai continuar assim, pois a morte neste caso não
quer dizer nada, seu português peculiar vai vibrar mais ainda, e, quer saber de
uma coisa, a cabo-verdiana está mais viva do que nunca, vai-se o corpo, mas
fica a voz, não tem este negócio de quem morre vai para o segundo andar,
nossos mortos queridos ficam em nós, perdi meu pai este ano e sinto a sua
presença muito mais do que quando estava vivo.
nha cesaria
evora, neste instante ouço sua voz vibrando no meu cérebro onde mora a flor do
meu respeito por você.
anibal werneck
de freitas.
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