Gravemente ferido,
o embaixador
Christopher Stevens
é
carregado
por líbios
dentro do
consulado americano.
(Foto: AFP)
Não devemos ver o próximo
pela religião que ele professa, pelo partido político que ele apoia, pelo time
que ele torce, pela nação que ele cultua, pelo gênero musical que ele curte,
pela descrença que ele cultiva, pelo sexo que ele tem mais empatia, pelos
livros que ele lê, pelas histórias que ele gosta de contar, pelo tipo de comida
que ele ingere, pela casa onde mora, enfim, devemos ver o próximo como um ser
humano apenas, querendo pra ele tudo aquilo que queremos pra nós, porque todos
nós somos diferentes uns dos outros, o que atrapalha é a maneira que o sistema
capitalista-religioso nos leva a rotular as pessoas, o mal que procede desta
maneira de pensar custou a vida, recentemente, de um embaixador americano na
Líbia, quem não tinha nada a ver com os bandidos cristãos-fanáticos estadunidenses
que ridicularizaram Maomé num filme provocando assim uma funesta reação por
parte de outros bandidos muçulmanos-fanáticos que viram nele, o embaixador, farinha
do mesmo saco. Estamos cansados de ver através da História que quando se mistura
Religião com Política o resultado é sempre macabro, temos que lutar contra isso
porque a discriminação é filha desta rotulação, quando as torres gêmeas do 11
de Setembro vieram abaixo, pelo fato de terroristas muçulmanos terem provocados
tamanha tragédia, na ocasião, os árabes passaram a sofrer discriminação por
todo o mundo e até hoje, quando um árabe entra num aeroporto é visto como
suspeito de algum ato de terror, sendo assim, não podemos ficar hostilizando os
americanos que encontramos pelo caminho como se eles fossem culpados das
invasões do seu país no Afeganistão e no Iraque, ceifando a vida de muita gente.
Cada ser humano é um mundo
a parte, devemos distingui-lo pelos seus atos, pelas suas ações, aí sim,
estaremos realmente agindo com ética.
Anibal Werneck de Freitas.
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