segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O "LEÃO DE DEUS"

À esquerda, grifadas em amarelo, as frases do texto que saiu na página A18 de domingo de 12 de janeiro de 2014, na Folha de S.Paulo, nos  mostram quem foi Ariel Sharon. Sendo assim, a gente vê que o que ele fez de bom na vida está longe do que fez de ruim. O mais interessante de tudo isso é que este homem ainda foi chamado de o "Leão de Deus". Está aí uma prova contundente do que a religião pode fazer as pessoas pensarem mal. Se Deus é a bondade suprema, segundo os que acreditam nele, por que há de ter um leão ruim deste na sua graça. Das duas: Ou este Deus é também ruim como Sharon ou, então, ele nunca existiu. Eu, particularmente, fico com a segunda.
Que Deus é este que permite a vingança? O que os judeus já fizeram de maldade com os palestinos desde 1948, já ultrapassa em muito o que eles sofreram nas mãos de Hitler. Onde já se viu fundar na marra um Estado dentro do Estado Palestino. Confesso que os palestinos são desorganizados, todavia, eles formam uma nação desde a diáspora judaica provocada pelos romanos. O lugar certo de erigir Israel seria na Alemanha. Pelo que os judeus passaram nas mãos dos nazistas, eles têm todo o direito de revidar. No entanto, preferiram invadir a terra do mais fraco. E, deste modo, deu no que deu. Até hoje, a região que vai do sul do Líbano até à faixa de Gaza não teve mais paz. Quantos morreram em vão. Um absurdo pensar que Deus aprova uma aberração desta. A verdade é que ele nunca existiu. O Deus de Israel é uma invenção dos tempos de Abraão para unir o seu povo que era uma minoria que vivia pressionada pela maioria idólatra na cidade de Ur no sul da Caldeia. Alguns historiadores afirmam que este Deus de Israel foi inspirado no Egito através do Deus Sol de Akenáton, o Faraó Amenófis IV, que implantou o monoteísmo na sua gestão e que foi perseguido pelos sacerdotes que passaram a perder suas prendas que eram oferecidas aos seus deuses. Verdade ou não, o Deus de Israel tem também uma agravante na qual ele tem os judeus como o seu povo preferido. Perdoem-me, isso também é outra bobagem que foi veementemente combatida por Jesus e, por isso mesmo, foi condenado a morrer na cruz. Mas, mesmo a abertura dada por Jesus Cristo [cuja vida os historiadores romanos contemporâneos nunca registraram], do Deus de Israel ser de todo o mundo, a gente vê que muitos dos seus seguidores também fazem a mesma coisa, ou seja, perseguem os que não são crentes [o maior legado cultural do mundo antigo, ou seja, a Biblioteca de Alexandria, foi destruído pelos cristãos, um bando de ignorantes na época] e por aí as coisas vão caminhando.
Ariel Sharon morreu, isso não quer dizer nada, porque o Deus justiceiro de Israel continua vivo e, pelo visto,  ainda vai espalhar muita maldade até no dia em que o homem parar de acreditar nele e vê que todos nós somos iguais e irmãos, todos, filhos da Natureza.

Anibal Werneck de Freitas.

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