josé saramago
outro grande escritor português, ateu ferrenho, gostava de perguntar aos crédulos se eles tomavam café com deus numa mesa. saramago era direto e reto, o aqui e o agora era tudo pra ele. a bíblia dizia, um manual de maus costumes, proibido para menores, complementava. certa vez lhe provocaram, saramago aquele problema que você tinha, deus lhe curou. curou coisíssima nenhuma, quem me curou foi o meu médico, respondia rispidamente.
gostava da sua franqueza, não dava voltas, era positivo e direto.
como tenho a mania de ler muitos livros ao mesmo tempo, estou lendo, as intermitências da morte, é o título do livro de saramago, muito interessante, o livro aborda um país onde a morte resolveu tirar umas férias, ninguém morria, ninguém conseguia dar o seu último suspiro, deste modo ele faz uma crítica aos poderes políticos e religiosos. sem a morte, como fica ressurreição dos mortos no juízo final, uma pergunta irônica que transforma sua obra num verdadeiro esclarecimento do óbvio, o mundo é o aqui e o agora, depois não seremos mais nada.
anibal werneck de freitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário