quarta-feira, 8 de junho de 2016

NIETZSCHE, UM GRANDE PENSADOR INJUSTIÇADO PELA PRÓPRIA IRMÃ


Nietzsche, [1860 - 1900], foi o único pensador realmente ateu de nossa modernidade pós-cristã.
Certa vez, confessou à sua irmã, Lisbeth, numa noite lúgubre, num lugar solitário e frio, o seguinte, Prometa-me que quando eu morrer, não haverá em torno do meu caixão nada além de amigos e nenhum padre declamando absurdos sobre o meu corpo, quero que me enterrem sem mentiras, como o pagão honesto que sou.
Portador de uma sífiles terciária, o grande filósofo que matou Deus, veio a falecer num dia tempestuoso e a sua irmã não cumpriu o seu pedido. No seu funeral, os sinos das igrejas dobraram, autoridades fizeram discursos, a pequena burguesia local e os filisteus se entregaram aos prazeres de beira de túmulo, elogiando o morto na maior hipocrisia, um canto foi entoado pelo coral paroquial e, a sua irmã agiu ainda de má-fé, colocando uma cruz de prata maciça chumbada na tampa do caixão de carvalho, condenando o cadáver do seu irmão a se decompor sob um crucifixo.
Como se não bastasse, a pérfida irmã de Nietzsche, casada com um judeu antissemita, fez amizade com Hitler e passou a ideia do Super-Homem de Nietzsche, como uma alusão à supremacia do povo alemão sobre os demais, dando origem assim ao Nazismo. Mussolini também recebeu cópias dos escritos nietzschianos e, deste modo, criou o Fascismo.
Desta maneira, de forma injusta, Nietzsche foi transformado no mentor da Primeira Guerra Mundial. Felizmente, com o passar dos anos, o grande equívoco foi reparado e o verdadeiro Super-Homem de Nietzsche foi realmente revelado, não tendo nada a ver com a raça alemã e sim com o homem de modo geral, na tentativa dele se desenvolver, distanciando-se cada vez mais do outro extremo da corda em que está atado aos animais. Ecce Homo, eis aí o verdadeiro homem nietzschiano.
Justiça seja feita, hoje, o filósofo mais lido chama-se, Nietzsche, as livrarias estão abarrotadas de obras sobre este grande pensador.

anibal werneck de freitas

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