quarta-feira, 2 de abril de 2014

O ATEÍSMO É COERENTE


Em relação aos Estados Unidos, o Brasil, como de sempre, está atrasado uns 40 anos quando tratamos do assunto ateísmo. Afinal, que diferença faz ser ateu ou não. Ser ateu é uma opção de vida que parece ser algo abominável, mais do que ser pedófilo. O ateu, minha gente, é mais coerente que o religioso. Vejamos, se você é cristão e certamente não acredita no deus Ganesha [aquele deus com cabeça de elefante], pois bem,  para o Hinduísmo, você é um ateu, também. Já parou para pensar nisso?.
Todo mundo nasce ateu. Conheço uma pessoa que não teve, quando criança, uma educação religiosa, ser completamente descrente de tudo e, no entanto, é bondosa e prestativa.
Olha, fui educado como católico, estudei até em seminário de padre, mas hoje sou ateu porque confesso que os argumentos ateístas são mais eficientes que os religiosos. Sei que muita gente não vai gostar, mas eu não estou aqui para agradar ninguém. Quero ser honesto comigo e para com o meu próximo, também. Assim eu me sinto melhor. Eu tenho a certeza de que muita gente tem medo de sair do armário, mas eu não. 
Se não fosse a pregação sagaz de Paulo, é bem provável que o Cristianismo não seria o que é hoje. Se o religioso pode pregar, por que o ateu não pode divulgar sua descrença?, onde está a liberdade de expressão, na nossa Constituição está bem claro que o país é laico e, depois, o ateísmo não é nenhum bicho-papão. Temos que entender e tratar o descrente da mesma forma que o crente.
O problema está no fato de que o religioso enxerga a vida sob um único ângulo, [o da sua religião] enquanto que o ateu a vê por vários ângulos.
Eu sei que a religião traz um certo conforto espiritual. Agora, o que eu não entendo é que cada religião fala uma coisa e as pessoas não se preocupam com essa divergência, achando que a sua religião é a correta. Perdoem-me, mas acho isso muito esquisito. O espírita acredita na reencarnação, já o católico, não, haja visto que os primeiros cristãos acreditavam nela. Antes existia o Limbo, o Bento XVI simplesmente o deletou. Como pode ser isso?, está aí uma prova de que nunca existiu e agora, o Francisco I saiu com a história de que o Inferno não tem fogo, e agora?. 
Meus e minhas, eu tentei até voltar atrás, mas não deu, na hora que eu começo a ver na religião coisas mirabolantes eu me sinto mal. Prefiro ficar com os meus pés no chão, mesmo sabendo o preço que isso tem, mas isso é uma questão de tempo.

anibal werneck de freitas.    

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