sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O ANIMA AFRICANO

Não existe no nosso país o devido respeito pela Anima Africano, nossa educação sempre foi voltada para o anima português, anima dos colonizadores, anima da Igreja Católica, enfim, anima dos abastados. 

Os negro chegaram aqui sob os grilhões de ferro e açoites, um zero à esquerda, uns pobres coitados, sem ninguém por eles. Deste modo, foram jogados nas senzalas que davam para a escravidão nas fazendas de café, nos engenhos de açúcar, nas minas de ouro, enfim, na desumana mão dos seus senhores, homens brancos, portanto, tementes ao seu Deus cristão, frequentadores assíduos da Missa de domingo, com toda a sua família.
Não faz muito tempo, li num jornal uma notícia que me deixou bastante chateado, um absurdo, mas aconteceu numa favela do Rio de Janeiro. Uma casa situada numa área bem visível, tinha na  parede do lado de fora, uma enorme pintura duma Mãe de Santo, isto incomodou uma igreja vizinha de evangélicos que, simplesmente, substituíram-na por um grande Jesus. O que era de se esperar, aconteceu, ninguém reclamou, reclamar como, se a religião afro é discriminada até hoje no nosso país, se amanhã alguém for lá e tirar o Jesus, será um escândalo tão grande que poderá culminar com a prisão do autor.
Deste modo, acuso os nossos governantes, os quais nunca tiveram uma campanha pra valer, no sentido de conscientizar o povo de que o Brasil é um país laico, e, pelo andar da carruagem, a coisa vai demorar e muito.
É só pegar os jornais e ver, notícias sobre a situação dos negros no Brasil, elas são raras, agora, nos jornais que se apertar sai sangue, o negro aparece sempre, como traficante, marginal, bandido, ladrão, mas porque, pergunto. Porque ele é a maioria e se encontra num patamar degradante da sociedade, onde o nível de crimes é muito elevado.
O braço africano foi e continua sendo o sustento da civilização brasileira, sem ele, o Brasil não seria o que é hoje, cada tijolo das igrejas católicas, dos casarões e das fazendas, passou pela mão do negro escravo, através da nossa História e o pior, até hoje, esta mão continua construindo edifícios para o deleite de uma sociedade que se diz cristã, mas que continua tripudiando o Anima Africano.

Anibal.

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