segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CADEIRAS DA NOITE




















Antigamente era mais comum as pessoas à noitinha sentarem em frente às suas casas e assim ficarem conversando até na hora da chegada de Morfeu, isso acontecia muito nos lugares pequenos, a televisão estava começando e o rádio fazia companhia porque ficava ligado dentro de casa. Hoje o Luiz brigou com a Jacira, Como assim?, Ele desconfia dela com o Otávio, Que Otávio?, Aquele da padaria. Papos assim corriam o tempo todo, também não podemos esperar muito de mulheres que só sabiam dos afazeres de casa e homens que só conheciam o seu ofício. Naquela época, escola era coisa rara e, quando tinha, só ensinava a ler e a contar, a elite como até hoje sempre quis um povo ignorante, que não questiona nada.
Lá vem a procissão do Santíssimo!, Alguém exclamava, todos se levantavam com respeito para ver o cortejo passar, era a força da Igreja que ajudava mais ainda a ampliar o poço da ignorância  através de dogmas incontestável sob pena de ser excomungado.
Cadeiras da noite eram mais cadeiras da morte do pensar livre do homem.

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