terça-feira, 31 de julho de 2012

NO DEUS DE ESPINOSA EU ACREDITO


Em decorrência do que disse a respeito de que cabe ao homem desvendar os mistérios do mundo coberto pelos benditos véus não foge à regra espinosista, porque o mundo é Deus e Deus é o mundo, tudo é uma coisa só, a diferença é que Deus [segundo Espinosa] tem infinitos atributos e nós, seres vivos e inanimados temos apenas dois, ou seja, corpo e mente, embora é bom deixar claro que não podemos comparar a  mente da pedra com a do homem, mas a bem da verdade tudo é uma coisa só, podemos dizer que Deus é a própria natureza, ele não a criou, se surgiram, surgiram juntos, o que não levo em conta porque na verdade sempre existiram, sua essência é infinita enquanto que a representação materialista de Deus é finita mas está sempre em evolução, você pode estar boquiaberto mas tudo o que eu disse até aqui sempre teve muito a ver com o espírito espinosista, a diferença está no fato de não ter o costume de citar a palavra Deus que sempre dá ideia daquele lá da Bíblia, até porque o Deus de Espinosa não é este transcendente, o de Espinosa é imanente, portanto devo render à Espinosa que o mundo é realmente a marca indelével de que ele existe, uma mente que tudo rege de forma recíproca, cada objeto no universo, mesmo uma pedra [como já disse acima] tem corpo e mente e ambos são atributos da substância  e a substância é Deus, no qual tudo é explicado, portanto, em relação ao Deus Judaico-Cristão, o criador,  eu continuo ateu, não acredito num Deus lá e eu aqui, isso não existe pra mim, já o de Espinosa, sim!

Anibal.

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