somos um grão de areia no universo
viemos da natureza, a ela parece-nos dever a vida, bem maior não existe, no entanto, ao mesmo tempo que ela desenvolve a vida, desenvolve também a morte, até aí tudo bem porque não temos a menor condição de sermos eternos, todavia, o que me intriga são os buracos negros, que devoram tudo à sua volta, são possuídos de uma fome insaciável, neles a matéria e a energia deixam de ser, por outro lado, explosões intensas entre galáxias estão acontecendo, é realmente complicado entender a natureza, agora, você imagina, somos um grão de areia no universo, além da terra, não conhecemos nenhum planeta idêntico, confesso que tem hora que eu sinto a humanidade como uma intrusa neste mundo infinito, somos seres inteligentes que de repente, bum, apareceu sem eira e sem beira, sinto que não fazemos nenhuma falta neste mundo sem fim, aliás, sem a nossa presença, a terra por exemplo, estaria em condições melhores, a natureza desenvolveu um micro universo capaz de enfrentá-la, somos como prometeu que roubou o fogo da sabedoria de zeus, todavia, ela nos castiga tirando todos os dias partes do nosso fígado, na verdade, este mundo é o do deixa acontecer, tudo o que é possível ocorrer, ocorre, parece existir uma lei inviolável, ou seja a lei do inevitável, ou melhor, a lei da realização, tudo o que é possível existir, tem que se realizar, o mais importante é o acontecer, seja lá o que for, é assim que a natureza se realiza, se comporta, doa a quem doer, enfim, deste modo, devemos ter mais respeito para com ela, não somos nenhuma prioridade pra ela, somos apenas uma parte dela que pode ser descartada num piscar de olhos, carl sagan nos deixou bem claro, matematicamente está provado que no universo existem planetas iguais ao nosso, com vida inteligente, só que muitos deles se transformaram em planetas-túmulos por culpa dos seus ocupantes, num estágio parecido com o nosso.
anibal werneck de freitas.
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