sexta-feira, 15 de julho de 2011

VIVER O AQUI E O AGORA


VIVER O AQUI E O AGORA

Negar as coisas boas da vida não é nada saudável, é na verdade uma grande ingratidão para com a natureza, digo isso porque existimos graças a ela, quem despreza as coisas dessa vida em prol de uma outra além dessa simplesmente peca contra o bom senso, é como largar o certo pelo duvidoso, é simplesmente irracional agir dessa maneira, infelizmente muita gente embarca nesse barco furado, passa a vida como uma pedra, ou seja, sem vida, negando, talvez, a única oportunidade de ser, de se realizar como tal, enfim, de ser a obra mais perfeita da natureza, a obra cabal, a obra final.
Deveríamos ter orgulho de nossa existência inteligente, coisa raríssima no universo, buscando sempre a felicidade aqui e agora, porque sabemos que ambos existem, já o lá e o depois não temos prova de que existem, esta é a grande questão, Mas isso é uma questão de fé, Alguém pode afirmar, E daí, eu pergunto, posso ter fé, no entanto, não significa ambas sejam uma verdade. Sendo assim, caro amigo, é melhor contar com um pássaro na mão do que dois voando.

Tucanlino, em 15/7/11.

terça-feira, 12 de julho de 2011

ALEIJADINHO

 
Desenho
tentando
esboçar 
o que 
seria o
rosto de
Antônio
Lisboa, 
o Aleijadinho.
 ALEIJADINHO

Duas coisas sempre me intrigaram na biografia de Aleijadinho, a primeira, qual foi a moléstia que o aleijou, a segunda, se ele existiu realmente. Quanto à sua doença, os historiadores chegam a ser contraditórios, já se existiu ou não, segue abaixo o trecho da entrevista de Dalton Sala ao repórter Jair Ratter, publicada na Folha Ilustrada de São Paulo:
O pesquisador paulista Dalton Sala acredita que Aleijadinho foi uma invenção do governo Getúlio Vargas. Para Sala, o Mestre é um mito criado para a construção da identidade nacional - um protótipo do brasileiro típico: "mestiço, torturado, doente, angustiado, capaz de superar as deficiências por meio da criatividade". Segundo o pesquisador, nunca ficou provado textualmente que uma pessoa chamada Antônio Francisco Lisboa, conhecida como Aleijadinho, tivesse feito todas as obras que lhe foram atribuídas. Sala atribui a construção do mito Aleijadinho a uma necessidade política e ideológica da ditadura Vargas."Criado duas semanas depois do golpe de 1937, o SPHAN - Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tinha como meta colaborar na construção de uma identidade nacional". Sala ainda afirma que a criação dessa identidade baseou-se em dois grandes mitos: Aleijadinho e Tiradentes porque a figura de Aleijadinho faz coincidir um processo de autonomia cultural com um processo de autonomia política, personificado em Tiradentes.O pesquisador diz que o mito Aleijadinho, de origem duvidosa, já existia antes de Vargas. Foi apenas aproveitado pelo Estado Novo. Em 1858, Rodrigo José Ferreira Bretas publicou no 'Correio Oficial' de Minas que havia achado um livro datado de 1790, com a história de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. "Acontece que esse livro, chamado 'Livro de registros de fatos notáveis da cidade de Mariana', nunca foi visto
por ninguém", diz Sala. O paulista conclui sua teoria afirmando que em 1989, o historiador de Arte Germain Basin, disse-lhe que foi pressionado pelo ex-presidente do SPHAN, Rodrigo Melo Franco de Andrade, e pelo arquiteto Lúcio Costa para emitir parecer atribuindo a Aleijadinho a autoria de obras.
Como já deu pra perceber, nosso blog vai vasculhar estas duas situações, afinal, inventar uma figura histórica de peso como Aleijadinho é muito sério, aliás, a História está cheia deles, é aquele negócio, uma mentira falada muitas vezes, acaba virando verdade.

Tucanlino, em 12/7/11.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

DE NOVO NO LORDS’


DE NOVO NO LORDS’

Cá estou eu de novo no Lords’, tomando minha cerveja e conversando com os meus botões, à minha direita, algumas mesas ocupadas, o recinto é grande e passa a ideia de que está  praticamente vazio. É um momento especial pra mim, ninguém me perturbando, devo confessar que ultimamente estou querendo mais é ficar sozinho, me sinto melhor, na verdade, sempre fui de não procurar ninguém, mesmo quando estava precisando de ajuda, não gosto de amolar as pessoas e depois, ninguém tem nada com os meus problemas, cabe a mim resolvê-los.
O Lords’ é um restaurante amplo, sua frente dá para a avenida Independência, o barulho dos carros, por incrível que pareça, não afeta o ambiente de forma comprometedora, aliás,  até gosto, tira um pouco a monotonia.
Pois é, agora estou ficando assim, não sei se é da idade, ou das frustrações que a gente passa ao longo da vida, sempre fui de relevar as atitudes dos meus algozes, tentando compreendê-los, mas hoje eu vejo que errei, a vida não é por aí, se você continua com uma pessoa que por qualquer motivo o coloca abaixo dos cachorros, é sinal de que não está no juízo perfeito, torna-se uma convivência difícil pra você, não para o algoz, Nietzsche deixa bem claro isso,
 É inumano abençoar a quem nos maldiz, no seu livro Além do Bem e do Mal.
Agora, o que vejo, minha mulher e minha filha se aproximando de mim, Eu sabia que você estava aqui, Afirmou minha esposa , Acerta a conta e vamos embora, meu pai, emendou minha filha, Já estou indo, mas antes vamos tomar a saideira, Retruquei. Assim, depois de pagar a despesa, saímos do Lords’, mas um dia qualquer desses, certamente, estarei de volta.

Tucanlino, 4/7/11.

ESTAMOS SOZINHOS?