segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A VIDA INTELIGENTE É IGUAL EM TODO O UNIVERSO




acredito que a vida inteligente está espalhada por todo o universo, serviço das estrelas que deixaram-na nos planetas que tinham condições para desenvolvê-la, o problema é que eles estão distantes anos-luz entre si, melhor dizendo, elas [as estrelas] continuam o trabalho porque o espaço não tem fim, é um mistério, talvez um dia a ciência chegará perto dele, todavia nunca o desvendará totalmente, sempre ficará alguma coisa na frente, e assim será sempre sua sina [a da ciência], faz parte da vida, o saber é infinito, mas tem uma coisa, a vida [inteligente] nos outros mundo não é tão diferente da nossa, é formada dos mesmos ingredientes, átomos, moléculas, enfim, já que viemos das estrelas, tudo indica que elas disseminaram a mesma coisa por todo os lugares do espaço sideral, a terra tem cinco bilhões de anos, é possível que exista vida inteligente mais antiga, portanto, mais evoluída, porque são quinze bilhões de anos que nos separam do big-bang, ou seja, do início do mundo, acredito também que esta idade [15 bilhões de anos] é muito pouco tempo, sinal de que o universo também já teve o seu fim, só que, como fênix, está sempre renascendo das cinzas.

anibal werneck de freitas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

NHA CESARIA EVORA



foi com muita surpresa que vi na primeira página do jornal folha de s.paulo a manchete, morre cantora cesaria evora, 70. o interessante é que na semana passada deu vontade de ouvi-la, fazia tempo que não a ouvia, não sabia do seu estado precário de saúde, acredito que foi qualquer coisa premonitória que chegou em mim, intuição, sei lá, só sei que evora, dentro do seu trabalho, é um marco africano entre portugal e brasil, que vai continuar assim, pois a morte neste caso não quer dizer nada, seu português peculiar vai vibrar mais ainda, e, quer saber de uma coisa, a cabo-verdiana está mais viva do que nunca, vai-se o corpo, mas fica a voz, não tem este negócio de quem morre vai  para o segundo andar, nossos mortos queridos ficam em nós, perdi meu pai este ano e sinto a sua presença muito mais do que quando estava vivo.
nha cesaria evora, neste instante ouço sua voz vibrando no meu cérebro onde mora a flor do meu respeito por você.

anibal werneck de freitas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CACIQUE BIRACI

quando cito o termo pardais, eu me refiro aos religiosos fundamentalistas, fanáticos que não respeitam a integridade do próximo, porque são os primeiros a transgredir a liberdade proposta no evangelho que deve sempre ocupar o coração das pessoas, como se não bastasse, quando enfrentados, são agressivos, se julgam donos da verdade, gostam de ser respeitados mas não respeitam ninguém, verdadeiros lobos famintos que devoram a cultura de quem quer que seja, fiquei abismado com o depoimento  do cacique biraci, o bira [texto extraído da revista rolling stone, nº 63, dezembro de 2011] que combateu a presença dos missionários em sua tribo yawanawa [acre] no ano de 1986, expulsando-os, são crentes falsos. e não acreditei mais. convenceram todo mundo a ser crente. botaram uma ameaça no nosso coração, dizendo que sem essa religião todo mundo iria para o inferno, que nós não teríamos salvação, não seríamos capaz de ser um povo feliz. que nós vivíamos com o demônio. que nossos rituais e nossas crenças eram coisas do demônio. eram racistas. não gostavam da gente, pareciam que tinham nojo de índio. não deixavam índio andar no mesmo barco com eles. não deixavam comer junto. nos tratavam mal. sem respeito. principalmente os americanos [estadunidenses]. eram muito arrogantes. a gente sofria muito. a gente tinha vergonha de ser a gente. a missão estava dizendo que a nossa cultura era coisa do demônio, nossa ayahuasca, nossas cerimônias. nós éramos proibidos, através da intimidação, de realizar nossos rituais. do lado da missão estavam os seringalistas, seringueiros. se aliavam  com todo mundo. e a igreja fazia a gente aceitar ser dominado. além da evangelização, dessa descaracterização cultural do nosso povo, ainda mantinham a presença dos não indígenas dentro da terra. faziam a gente aceitar nossa condição de escravos.
como se não bastasse, bira foi perseguido pela polícia federal com a acusação de fazer parte de uma organização de esquerda, estes pardais não prestam mesmo, estão por todos os lados, corra deles se você tem amor à vida, eles na verdade não gostam de ninguém, são capazes de tudo, se escandalizam com qualquer coisa que vá de encontro a eles.
atualmente, bira é referência espiritual na aldeia e promove um dos maiores festivais indígenas do brasil, o yawa, regado com muito rapé e ayahuasca, evidenciando assim a espiritualidade yawanawa.

anibal werneck de freitas.

OS PARDAIS [EVANGÉLICOS]

embora sendo irreligioso não significa que sou contra religião, pelo contrário, incentivo até quem tem tendência a ela, agora, o que não aceito são os religiosos fundamentalistas, eu os chamo de pardais, uma espécie de pássaro que é uma verdadeira praga, prolifera terrivelmente e se for no telhado de sua casa [como já aconteceu comigo] sai de baixo, em pouco tempo eles danificam tudo com uma quantidade enorme de ninhos, isto sem falar nos filhotes defeituosos que são jogados para a morte certa, é realmente uma praga, tudo tem limite, o exagero é realmente algo lastimável, portanto, volto a afirmar que respeito todas as religiões e, deste modo, peço que respeite a minha posição de irreligioso, afinal somos seres inteligentes e a tolerância é uma das suas principais características, por enquanto vamos ficando por aqui.
em tempo, a revista rolling stone trouxe uma matéria [manchete de capa] assim, o mercado das almas selvagens como missionários fundamentalistas estão evangelizando os índios brasileiros, segundo a matéria, estão destroçando a cultura indígena, um desrespeito que cabe ao nosso governo agir contra sem perda de tempo, a coisa está feia, até uma revista especializada em música priorizou um assunto [que não é de sua alçada] porque de fato estes pardais vêm solapando, ultimamente, a integridade do ser humano.

anibal werneck de freitas.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O MUNDO É O PRÓPRIO EU

o solipsismo é a ideia de que o mundo é governado por um único eu, e, que além de nós só existem as nossas experiências, ou seja, o mundo ao redor é apenas um esboço virtual do que imaginamos, bertrand russel ridiculariza esta ideia falando a respeito da mulher que se dizia solipsista, estando assim, espantada por não existirem pessoas como ela, inteligente posição de russel, embora acho esta filosofia [solipsista] interessante, digo isso porque intuitivamente acho que o mundo é o próprio eu, tão real quanto uma pedrada na cabeça, realmente, o solipsismo é o instante presente, é uma sensibilidade única, tanto assim que o solipsismo cartesiano tem sido questionado ultimamente na famosa frase, penso, logo existo, porque o animal não pensa e sente a natureza ao seu redor, a sentença correta seria, sinto, logo existo, isso porque tudo ao nosso redor não é produto da nossa mente, deste modo, somos na verdade o eu se manifestando, consciente e inconscientemente, a morte física significa, neste caso, um portal para uma outra manifestação individual do eu [não confundir com reencarnação] e, deste modo, na minha opinião, o mundo sempre foi assim, o universo é infinito e está constantemente se renovando, se evoluindo, ora consciente, ora inconscientemente como já disse anteriormente, dentro do meu ceticismo, confesso que esta ideia de um eu absoluto me faz refletir com muita seriedade.

anibal werneck de freitas.

ESTAMOS SOZINHOS?